quinta-feira, 4 de março de 2010

Sobre Coletivo Fotográfico

Nota-se atualmente em exposições, midias impressas e digitais, que a autoria de uma fotografia não é de um só fotografo, mas de um grupo, ou a referencia a um banco de imagens.Isso constiui os chamados “coletivos de fotografia, e que se populariza cada vez mais, e que teve sua origem em 1947 com a Agencia Magnum fundada por Henri Cartier-Bresson, Robert Cappa entre outros.O que também marcou a percepção da fotografia perante o leitor/sociedade aconteceu quando o MOMA de Nova York adquiriu obras de Bresson a fotografia passou foi inegavelmente respeitada como manifestação artística, além de documento imagético. Outro fato marcante na história da arte veio com a POP-ART que rompeu o limite que separavam as belas artes da mídia popular.O advento da Internet, maquinas digitais e da web 2.0 romperam drasticamente a linha que delimitava a figura de que produz e de quer fui a imagem, uma das consequências disto foi um uma bruta queda no mercado de trabalho para fotográfos profissionais.Reinventando o conceito das agências os atuais coletivos são formados por quase sempre jovens profissionais que tiram bom proveito da tecnologia para difundir, montar um acervo mais acessível e criar linguagem de cada grupo.


A premissa básica é manter a independência do estilo e pratica fotográfica do autor, livre da influencia ou linha editorial de periódico, jornal e também para comercializar e montar um acervo próprio.Embora alguns atuem como agências, outros cumprem o papel de ONGs que registram e ensinam fotografia como opção de carreira em comunidades mais carentes na América Latina, outros criam obras autorais com o intuito de mostrar vários olhares sobre o mesmo tema concomitantemente.O olhar de um só é pratica fotográfica do individuo não existe mais nestes termos especialmente, a enorme difusão de informação e interatividade também mudaram a percepção que o individuo tem sobre si mesmo, a linha da privacidade se estendeu e uma parte de cada um deixou de ser só sua, isso influencia também na criação de uma linguagem da fotografia do segundo Victa de Carvalho “ a fotografia se abre ao múltiplo, produz atravessamentos e integra um contexto de virtualidades. Trata-se de novas formas de subjetividade, de subjetividades múltiplas, fluídas, heterogêneas, de uma subjetividade que já não está previamente estabelecida…Esta multiplicidade revela ao leitor varios paralelos do mesmo recorte de tempo-e-espaço, e recria uma narrativa não linear da fotografia pois o angulo e luz que são parte do conceito da imagem muda, por isso não está estabelecida. O codigo fotografico mudou, deixou de ser arbitrario a idenditade que o cria são varias e estão todas ao mesmo tempo nas mãos do leitor.O efeito disso é quase sempre positivo, uma vez mantém o mercado de trabalho em constante movimento e renovação e demonstram que um fator que possivelmente gera uma vulnerabilidade se transforma em solução.Eis alguns trabalhos que recomendo: outlandish-photo, Cia de Foto , Garapa, Observatório de favelas, Rolê, ong, nophoto e pandora.

Monika Jung

MonikaJung

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